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Público lota Flicmac em encerramento com Elisa Lucinda



A poetisa, escritora, jornalista e atriz Elisa Lucinda foi uma das atrações desta sexta-feira (25), último dia do II Festival de Literatura & Cultura (FlicMac), que foi encerrado em grande estilo com público expressivo. A programação realizada na Cidade Universitária foi marcada, durante três dias, por cerca de 200 atividades, em seis espaços diferentes: palco, espaço livre, flicmaczinha, café literário, galpão literário e espaço da convivência. O tema central do festival é “Mama África – a Literatura e a Arte como Forma de Vencer o Preconceito", abordagem que Elisa Lucinda elogiou durante sua apresentação no café literário.


O secretário de Educação, Guto Garcia, se despediu do festival ao lado da escritora que tem um extenso currículo no campo das artes, que engloba a participação em novelas, peças teatrais, shows, além da publicação de livros – são 18 ao longo da carreira. "O Flicmac foi um sucesso. Conseguimos reunir visitantes de todas as idades. Parabenizo a participação das escolas, o empenho da equipe que trabalhou e a parceria com as livrarias presentes no evento. Conseguimos valorizar os artistas locais e incentivar o gosto pela arte e literatura. O Flicmac é mais um compromisso que consolida Macaé como cidade do saber e do conhecimento", pontua Guto.




Na abertura da apresentação, Elisa Lucinda contagiou a platéia ao entrar no café literário cantando sobre a situação do negro. Em um bate-papo descontraído para um público diverso, ela levou a reflexão, de forma criativa, sobre assuntos variados como o papel e identificação do negro na sociedade, a importância do poder da palavra e o respeito aos negros, índios e idosos. "Não haverá paz sobre a desigualdade. Temos que levar a conscientização sobre o racismo, machismo e homossexualidade. É necessário refletir sobre de que maneira podemos usar a palavra para redução de danos, a cultura de paz e a sociedade sem preconceito", destacou.


De maneira dinâmica, a convidada trouxe à tona questões como preconceito, autoconhecimento, coletividade, respeito e ancestralidade. "O racismo é grave e sistêmico no país. Nossa história começou a ser repassada errada sem destaque para a Revolta dos Malês, Dandara e Zumbi. Temos que pensar sobre a nossa prática política e pensamento no mundo. Se você é racista pode ser herdeiro de José Bonifácio e estar travando a história com pensamento escravocrata. Parabenizo ao Festival de Macaé pelo tema de destaque, que todos os presentes possam refletir sobre sua ação no mundo. Lembremos que podemos usar a palavra e incentivar a leitura, principalmente das crianças e adolescentes em prol da cidadania". frisou.


A escritora também declamou poesias e textos do seu último trabalho “Livros do Avesso, os pensamentos de Edite”. Este é o segundo romance da autora. Ela apresenta uma prosa poética, que reúne os pensamentos mais livres e plurais de uma brasileira, adulta, negra, que vive os dilemas e paradoxos da sociedade contemporânea. Para o próximo ano, Elisa prevê o lançamento de sete filmes e dois livros. Um deles será "Avesso 2", continuidade da sua obra lançada este ano.


Após a palestra, a poetisa saudou o público. Entre eles estava a educadora Josenilda Laurindo. "Estou muito feliz em poder assistir a palestra. A Elisa Lucinda e todas as atividades do Flicmac me surpreenderam. Tudo foi maravilhoso" conta.


Galpão Literário - Outro espaço bastante visitado do Flicmac foi o Galpão Literário com estandes de livreiros, doação e troca de livros pela rede municipal. A Biblioteca Celina Mussi de Oliveira também esteve presente. O estande foi uma oportunidade da população melhor conhecer a biblioteca, que funciona na Avenida Rui Barbosa, 197, no Centro (Antiga sede da Câmara Municipal), e está aberta a visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.


Segundo a diretora do Centro Cultural, Maria Ângela Antunes Viana, o objetivo da participação foi atrair o público para que conheça o acervo do local, inaugurado no dia 8 de agosto. “Fizemos questão de participar de uma programação cultural e literária tão importante para o município. Como estamos funcionando há relativamente pouco tempo, muita gente não sabe que a Câmara dispõe de uma biblioteca”, lembra.


Flicmac sucesso - Foram realizadas esquetes, lançamento e apresentação de livros, bate-papos e debates sobre assuntos como política, economia e educação, sem deixar de lado a poesia, a música, a história, ações que reforçam o compromisso da Educação na formação de novas gerações de leitores e escritores.


A tenda das livrarias foi um espaço bastante procurado no festival com nomes como Nobel, FTD, Biblioteca do Legislativo Celina Mussi de Oliveira, do Centro Cultural da Câmara Municipal de Macaé, JW.Org., além das estantes de troca e doação de livros. O festival foi organizado pelas secretarias de Educação e Cultura sob a coordenação da Superintendência de Educação Integrada. O evento e foi aberto pelo secretário municipal de Educação, Guto Garcia, o modelo e ator Luciano Szafir e o secretário de Cultura, Thales Coutinho.


* Jornalista: Joice Trindade/Fotos: Bruno Campos/Comunicação Macaé.










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