Primavera deve ter temperaturas acima da média em parte do País e risco de baixa umidade

Jornal Esporte e Saúde
22 de set.
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Meteorologista avalia que a nova estação deve trazer as chuvas, mas ainda terá influência da estiagem

Floração de ipês amarelos na cidade de São Paulo (SP), em 11 de setembro de 2025. O inverno tardio e o calor atípico para esta época do ano, além do prenúncio da chegada da primavera, influenciam na floração da espécie. /

Foto: MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A primavera chega na tarde desta segunda-feira, 22, trazendo a esperança de mais chuvas para as áreas que sofreram com a estiagem durante o inverno de 2025, além de temperaturas mais altas. A partir das próximas semanas, o frio deve ficar para trás de vez, segundo avaliam os meteorologistas.

Apesar da espera pelo retorno das chuvas, a estiagem ainda deve influenciar a primavera logo no início. De acordo com o meteorologista Ricardo de Camargo, do IAG-USP, o período é de transição e exige atenção tanto pelo impacto climático quanto pelos cuidados com a saúde.

“O começo da primavera sempre tem frentes frias, como observamos agora em setembro, mas provavelmente esse comportamento deve mudar rapidamente. A expectativa é de temperaturas acima do normal para o Sul e também para o Norte e o Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, os valores devem ficar mais próximos da média climatológica”, afirma.

Em relação às chuvas, o cenário é desigual: previsão de precipitações abaixo da média no Sul e no Norte do Nordeste, enquanto parte do Sudeste e do Centro-Oeste pode registrar volumes dentro ou até ligeiramente acima do normal. Outubro deve marcar o início da retomada das chuvas mais frequentes, sobretudo na Amazônia, com expansão gradual para outras regiões.

A transição, no entanto, ocorre em meio a situação crítica da umidade relativa do ar. “Chegamos a registrar menos de 5% em algumas cidades ao longo dos últimos dias, o que é alarmante em termos de saúde”, alerta Camargo. Ele recomenda atenção especial às crianças e idosos, mais vulneráveis a problemas respiratórios, além de cuidados com a hidratação.

Outro ponto é a radiação solar, que tende a ser mais intensa nesta época do que no inverno. “O sol começa a ficar cada vez mais alto no céu, portanto, há uma incidência de radiação solar muito maior. E é óbvio que cada vez mais a gente tem que prestar atenção nesse tipo de exposição, porque muitas pessoas acabam desenvolvendo problemas de pele em função dessa radiação excessiva”, destaca o meteorologista.

Assim, a primavera de 2025 deve combinar um calor acima da média em parte do Brasil, irregularidade nas chuvas e riscos associados à baixa umidade do ar --ponto de atenção para a saúde.

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