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  • Foto do escritorJornal Esporte e Saúde

Prefeitura de Macaé lembra Dia Mundial de Conscientização do Autismo


Designer gráfico Guilherme Lisboa foi um dos destaques da feira


A Prefeitura de Macaé, com atuação também do Motivados pelo Autismo Macaé (Mopam), promoveu nesta quarta-feira (6), na Cidade Universitária, programação em homenagem ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril). Foram realizadas feira inclusiva, dança circular e roda de conversa com acolhimento às mães.


"Muitas vezes as pessoas com deficiência ficam na invisibilidade. Estamos fazendo um movimento para a sociedade compreender as questões das pessoas com deficiência de forma geral", afirmou a coordenadora da educação inclusiva da Secretaria de Educação, Regina Pinto. Uma das atividades em alusão ao dia foi a feira inclusiva, voltada para empreendedores que têm relação com o transtorno do espectro autista. Houve comercialização de jogos e materiais educativos e artesanato.

O designer gráfico e aspirante a game designer, Guilherme Lisboa, mostrou na feira o seu talento como artista visual e comercializou peças como pulseiras, colares, rosários, cordões e outros objetos cuidadosamente preparados. “Fiz minha monografia falando sobre a conscientização do autismo. Busco trabalho também como game designer”, salientou.

A dança circular foi comandada pela psicóloga Fabrice Sanches, mestre em atenção psicossocial e focalizadora de danças circulares. Educação Inclusiva abrange 680 alunos com transtorno do espectro autista

A coordenadora da educação inclusiva explicou que a rede municipal possui 680 alunos com transtorno do espectro autista, e um total de 2 mil alunos com deficiência. “Todos os anos desenvolvemos nas escolas o projeto de inclusão. Neste ano estamos levando o ‘Todos por uma Macaé Inclusiva’ para fora das escolas”, assinalou, detalhando que em fevereiro foi abordado o tema de síndromes raras; e em março, síndrome de down.

Rubiana de Oliveira, mãe de um menino que possui transtorno do espectro autista, comercializou material didático plastificado feito por ela. “Começamos a fazer o material por causa da dificuldade de aprendizagem que ele tem. Alguns terapeutas, clínicas e mães começaram a pedir. Também é uma renda para o tratamento do meu filho”, ressaltou.

O macaense Davi Portugal, 12 anos, está cursando o sexto ano do Ensino Fundamental II e expôs sua obra de artes plásticas na feira. O público admirou suas habilidades artísticas e seu talento para essa modalidade cultural. Davi conquistou em 2019 o terceiro lugar do festival de artes com o tema o Sol. Em janeiro/2020 ficou em Primeiro Lugar com o tema "Os Patua?s da Bahia" e recebeu seu prêmio em Salvador. O terceiro prêmio veio no festival de talentos autistas no Rioteama, em março de 2021, ficando com o décimo lugar. E em dezembro de 2021 ele conquistou o segundo lugar no Sagrado Eyecontact Art Week, em Miami, na Flórida. Mopam fomenta economia de mães.

A Coordenadora do Motivados pelo Autismo Macaé (Mopam), que agrega 600 famílias, Lúcia Anglada, informou que o movimento está apoiando muitas mães de crianças com transtorno do espectro autista que não conseguem trabalhar por terem que acompanhar os filhos nas terapias. “Estamos fazendo uma conscientização de que autista está em todo lugar. Essas mães acabam criando trabalhos artesanais, vendendo bolos, salgadinhos, com horário flexível. Trabalhamos para fomentar a economia para essas mães”, disse.

Lúcia comentou que o Mopam criou, além do grupo das mães empreendedoras, o grupo dos pais e também dos jovens com transtorno do espectro autista, além dos profissionais que acompanham o movimento entregando conteúdo relacionado ao tema para pais e responsáveis. Quem quiser entrar em contato com o Mopam, pode ser acolhido nas redes sociais do movimento ou pelo celular de Lúcia - no número (21) 98666-1299. O Mopam também distribuiu panfletos sobre o transtorno com informações sobre o que ele pode afetar.

A programação continua nesta quinta-feira (7), na Câmara Municipal, com o tema “Disfunção Sensorial no TEA”, com as palestras da pesquisadora e coordenadora do mestrado profissional em Diversidade e Inclusão, Diana Negrão, e a terapeuta ocupacional especialista em neurodesenvolvimento infantil, Brenda Marvila.

A Lei Federal 10.048/2000 prevê que pessoas com deficiência (inclusive o autismo) devem ter prioridade de atendimento.


* Jornalista: Janira Braga \ Fotos: Moisés Bruno e Rui Porto Filho \ Comunicação Macaé.


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