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Cientista da computação relata caso de racismo em livraria no Leblon

Nina da Hora e sua irmã teriam sido seguidas por um segurança e impedidas de olhar livros na Livraria Travessa


A cientista de dados Nina da Hora\Reprodução de imagem


Rio - A cientista da computação Nina da Hora, de 26 anos, denunciou através das suas redes sociais que foi vítima de racismo enquanto fazia compras na Livraria Travessa do Leblon, na Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira. De acordo com o relato, um segurança da loja teria a seguido enquanto ela estantes do local e chegou a impedir que ela olhasse um dos títulos à venda.


"Eu gosto muito de livrarias e hoje eu estava na Livraria Travessa, no Leblon, comprando livros com a minha irmã e o segurança achou que ele tinha o direito de me seguir e parar em cima dos livros que eu estava olhando. Eu tive que falar o valor que eu gastei da última vez que foi alto e depois falar com a gerente. Agora a gerente disse que ia conversar com ele mas registrando pois imagina só me constranger a ponto de não me deixar fazer uma das coisas que mais amo, que é ler", contou Nina.

Revoltada com a situação, a cientista disse que a questão do racismo vem sendo conversada, mas que atitudes como essa provam que o preconceito segue vivo: "Podemos ser exaltados em qualquer lugar, mas o racismo acontece assim diariamente. Me deixa ... desta ação ter paralisado a minha irmã, então eu fiz isso para ela ver que a gente tem que expor", criticou.

Nina ainda detalhou como tudo aconteceu. O segurança teria se aproximado do local onde ela olhava as publicações e se debruçou sobre os livros, como se quisesse a impedir de olhar. "Esse foi o nível", compartilhou Nina. A atitude da gerente ao ser abordada, segundo a cientista, também chamou a atenção: "A primeira pergunta que a gerente me fez foi aonde eu morava. Esse é o nível", disse.


Os relatos de Nina da Hora no Twitter tiveram mais de 5 mil curtidas e foram retuitado por quase 1 mil pessoas. Entre eles, pela vereadora do Rio Tainá de Paula (PT), nesta sexta-feira: "A 1ª pergunta da gerente da @LivTravessa durante a abordagem racista com a @ninadhora foi onde ela morava. Em que mundo essa pergunta seria feita a um pessoa branca? Entendem como o racismo está enraizado nessa construção de sociedade? Estamos contigo, Nina!", compartilhou a parlamentar.

Nina não disse se irá acionar a Livraria Travessa na Justiça, mas confirmou que está em contato com seus advogados. "Estou com os advogados, o Djeff Amadeus e Letícia Domingos. A Livraria Travessa da unidade Leblon do RJ disse que ia dar um retorno, uma satisfação, mas não deram. Provavelmente estão achando que o caso será abafado por ser sexta feira e final de semana", finalizou.


A reportagem do DIA tenta contato com a Livraria Travessa do Leblon para obter retorno sobre a denúncia de racismo feita pela cientista da computação.



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