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  • Foto do escritorJornal Esporte e Saúde

Botafogo se assusta com pressão em empate, mas leva pra casa ponto previsto

Time de Enderson Moreira foi bem inferior ao Cruzeiro no primeiro tempo. Equipe conseguiu melhorar na etapa final, mas ainda fica devendo bom futebol quando joga fora de casa


Foi no sufoco que o Botafogo conseguiu evitar a derrota para o Cruzeiro fora de casa na última terça-feira. O empate em 0 a 0 no Independência foi um resultado injusto quando levamos em consideração o número de finalizações que teve a equipe comandada por Enderson Moreira. Segundo os números da Globo, o Botafogo finalizou apenas em duas oportunidades. O Cruzeiro fez 10 vezes mais e terminou a partida com 20 finalizações.

Na opinião do técnico alvinegro isso não quer dizer muita coisa porque seus jogadores estiveram tão próximos quanto os adversários de fazer o gol. Concorde ou não com esse argumento, fato é que o Botafogo foi muito inferior ao Cruzeiro no primeiro tempo. Sem chegar nem perto de ameaçar o gol de Fábio, o time alvinegro penou para segurar o ímpeto da equipe mineira e viu algumas vezes o time ser ameaçado.


O Cruzeiro precisou de apenas cinco minutos para ter as duas primeiras chances de perigo na partida. Era um prenúncio do que estava por vir. Com dificuldade para ficar com a bola no pé e encontrar espaços no ataque, o Botafogo era dominado por um Cruzeiro que também era incapaz de definir quando tinha a bola.


Chay esteve apagado no 0 a 0 com o Cruzeiro — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Alguns dos problemas apresentados por Botafogo estavam na própria saída de bola. A volta de Pedro Castro ao time titular desde 18 de setembro não surtiu o efeito desejado por Enderson. Com mais costume de criar do que Luís Oyama, o jogador poderia ser uma válvula de escape em caso de uma marcação especial em Chay. O camisa 14 do Botafogo realmente era acompanhado de perto o tempo inteiro, mas Pedro não conseguiu cumprir as funções.

Com extrema dificuldade para criar no primeiro tempo, o Botafogo não conseguia manter a bola no campo de ataque e via o Cruzeiro propondo mais, principalmente pelas laterais. No início, a equipe mineira atuou mais nas costas de Jonathan Silva, que não fez boa partida, e o time precisava que Marco Antônio e Warley voltassem mais para marcar e obrigar o adversário a afunilar suas jogadas - onde estava mais congestionado. Só que isso não acontecia com frequência e o Cruzeiro chegou por diversas vezes na linha de fundo. As jogadas não deram em nada, mas não faltou susto para a torcida.

O jogo foi para o intervalo com 11 a 0 em finalizações a favor do time de Vanderlei Luxemburgo. Na volta do intervalo, Enderson Moreira colocou Diego Gonçalves na vaga de Marco Antônio para dar mais velocidade ao time. A entrada deu certo já nos minutos iniciais do segundo tempo. Mais ágil do que o companheiro, Diego Gonçalves gerou algumas jogadas de perigo pela esquerda, mas depois que o Cruzeiro também começou a mexer na equipe, ficou mais difícil para o leve jogador do Botafogo conseguir se esgueirar na defesa.

O grande nome do Botafogo na noite de terça foi o goleiro Diego Loureiro. Por mais que não esteja em boa fase, o goleiro voltou ao time titular - esteve fora contra o CRB para acompanhar o nascimento da filha - e mesmo com alguns problemas que parecem estar no campo da insegurança fez ótimas defesas. Foi ele quem salvou o Botafogo de sair de mãos abanando do Independência com as seis defesas que fez na partida.

Entre os mais realistas, o empate contra o Cruzeiro fora de casa pode ser considerado um resultado normal na busca pelos mágicos 64 pontos que colocam os times na Série A. Só que a maneira que isso se deu, com um acachapante 20 a 2 em número de finalizações, definitivamente não era o que o torcedor esperaria.

Agora faltam oito jogos para o Botafogo conquistar 12 pontos. Em segundo lugar, com 52 pontos, a dois do líder Coritiba e a quatro do CRB, quinto colocado e ambos com um jogo a menos, o Bota ainda tem uma tranquilidade na Série B. Com Enderson tendo uma semana para aprontar o time que enfrenta o Brusque na próxima quarta-feira, a tendência - e esperança - é que os erros não se repitam e o time precise apenas de nove pontos para conquistar o acesso. Mas, pra vencer precisa fazer gol. E só faz gol quem finaliza.

* https://ge.globo.com/Por Davi Barros — Rio de Janeiro.


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