De acordo com informações do Inmet, é possível que o cenário piore na próxima sexta-feira (22), com temperaturas superando 42ºC em diferentes locais do país
Termômetro da Avenida Presidente Vargas, em Brasília, registram onda de calorFoto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A onda de calor exige atenção à saúde, dizem as autoridades. Na capital paulista, por exemplo, a Defesa Civil iniciou uma campanha de distribuição de água no centro da cidade.
O calor, principalmente quando associado à baixa umidade, tem grande potencial de provocar a desidratação. Por isso, uma das principais recomendações dos especialistas é beber bastante água nesses dias mais quentes.
“Quando a pessoa sente sede já é um sinal de desidratação. Então temos que prestar bastante atenção. Um cálculo interessante para saber a quantidade de água a ser ingerida por dia é multiplicar cada quilograma do corpo por 0,035. Se a pessoa pesa 70 kg, por exemplo, basta multiplicar por 0,035”, sugere a nutricionista Gabriela Cilla.
Para quem tem dificuldade para consumir água, vale colocar despertadores e deixar garrafas próximas aos ambientes mais frequentados, recomenda Cilla.
De acordo com o endocrinologista Ricardo Barroso, embora a desidratação possa atingir todo mundo, as crianças e os jovens são os mais afetados. “Nesses grupos, sobretudo nos idosos, os centros de regulação de sede não são tão eficazes. Então, o idoso, mesmo estando um pouco desidratado, muitas vezes não sente a sede necessária para beber a quantidade de água adequada para repor essa perda”.
Para manter o corpo hidratado, garantindo a regulação da temperatura e auxiliando no transporte de oxigênio, nutrientes e sais minerais, a recomendação é beber água ao longo de todo o dia, mesmo não estando com sede.
Segundo Barroso, um bom parâmetro para checar a hidratação é a cor da urina. “Se sua urina está muito amarela, mais escura, você está pouco hidratado, está ficando desidratado. Então tem que beber mais água, não importa o quanto já tenha bebido. O ideal é que esteja um amarelo bem clarinho, não precisando ficar transparente.”
Além dos cuidados com a hidratação, o Ministério da Saúde recomenda:
Usar protetor solar;
Evitar a exposição direta ao sol, em especial, entre às 10 e às 16 horas;
Usar chapéus e óculos escuros;
Proteger as crianças com chapéu de abas;
Usar roupas leves e que não retêm calor;
Diminuir os esforços físicos e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados;
Consumir alimentos leves, como frutas e verduras;
Evitar o consumo de cafeína.
Em relação ao uso do filtro solar, o ministério indica que os produtos tenham fator de proteção 30 ou mais e sejam “aplicados 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou após nadar, suar e se secar com toalhas”.
Por Renata Souza da CNN
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