top of page

Proasa de Natividade se destaca no atendimento gratuito e especializado a deficiente auditivo

  • Foto do escritor: Jornal Esporte e Saúde
    Jornal Esporte e Saúde
  • 29 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

Proasa fachada - foto: Divulgação.


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que 9,7 milhões de brasileiros possui deficiência auditiva, o que representa 5,1% da população do país. Desses, 2.147.366 milhões apresenta deficiência auditiva severa, situação em que há uma perda entre 70 e 90 decibéis (dB). No que se refere à idade, quase um milhão são crianças e jovens até 19 anos. O Estado do Rio de Janeiro, que hoje possui uma população de 17 milhões de habitantes e já registrou no Censo de 2010, mais de 31 mil pessoas com deficiência auditiva possui quatro grandes polos que desenvolvem um atendimento especializado aos deficientes auditivos nos municípios do Rio, Niterói, Duque de Caxias e Natividade.


São consideradas pessoas com deficiência auditiva aquelas com perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais. A surdez pode ser tanto adquirida quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios e drogas podem provocar más-formações no sistema auditivo do bebê. Além disso, infecções e traumatismos cranianos podem levar crianças a desenvolverem a surdez. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho também podem desencadear o quadro.


Rede de atenção – O Sistema Único de Saúde (SUS) tem oferecido uma série de tratamentos gratuitos e integrais que buscam melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população. Além disso, há a rede particular de clínicas e hospitais que tratam da deficiência auditiva em todo o país. Mas, a acessibilidade para surdos ainda é um desafio. Essa parcela da população enfrenta dificuldades para conseguir realizar atividades cotidianas e para a aquisição da prótese auditiva (aparelho de surdez). Quem já pesquisou o preço de aparelhos auditivos já deve ter percebido que o valor cobrado por eles pode variar significantemente. Há opções muito baratas, que giram em torno de 700 reais (em sites chineses) até 15 mil reais marcas conhecidas por sua qualidade.


Novos Caminhos – No Estado do Rio de Janeiro existem quatro grandes polos que desenvolvem um atendimento especializado aos deficientes auditivos. Um deles, localizado em Quintino Bocaiuva, no município do Rio de Janeiro é o Cenom - Centro Educacional Nosso Mundo. O outro é o Proasa - Programa de Atenção à Saúde Auditiva, em Natividade, que abrange a Região Noroeste, Serrana e Norte Fluminense. Ambas são instituições filantrópicas. Os outros dois polos estão localizados em Duque de Caxias e Niterói.


Polo de Natividade – O Proasa desenvolve um conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde auditiva, possibilitando aos cidadãos, da criança ao idoso, o acesso a procedimentos desde os mais simples até os mais complexos como a prótese auditiva. O Proasa é filial do Cenom, que recebe recursos do Ministério da Saúde, mantém parceria com o município de Natividade e recebe o acompanhamento técnico da secretaria Estadual de Saúde/RJ. O Proasa Natividade foi fundado em 2005, quando começou a instalação do programa em todo o Brasil de uma forma geral.


De acordo com a fonoaudiologista Vanessa Souza de Oliveira, responsável técnica do serviço, somente no Proasa é feito cerca de 700 atendimentos por mês. “Atendemos por semana uma média de 50 pacientes novos que não vêm de demanda espontânea, eles são regulados pelos municípios. Na terça-feira os atendimentos são em média de 50 pacientes novos, que não são de demanda espontânea. Na segunda, quinta e sexta, a gente atende uma média de 12 adaptações por dia – são pacientes que estão recebendo o aparelho pela primeira vez ou que estão recebendo a reposição do aparelho. Na segunda, quarta, quinta e na sexta, fazemos 24 atendimentos diários de acompanhamento. Assim fechamos a semana com mais de 180 atendimentos, além dos atendimentos fonoterápicos de (re) habilitação auditiva”, explicou.


Segundo ela todos têm direito de receber o aparelho independente da classe social e renda, basta ter deficiência auditiva. “Se a pessoa acha que está surdo (a) deve procurar o setor de órteses e próteses da secretaria municipal de saúde do seu município ou dirigir-se ao Posto de Saúde (PS) mais próximo de sua casa para fazer a consulta clínica. Em geral o PS não tem médicos especializados, então o paciente é atendido inicialmente pelo clínico geral que ouvirá sua queixa de surdez. O clínico poderá encaminhá-lo ao otorrinolaringologista e este, por sua vez, poderá direcioná-lo ao fonoaudiólogo que irá constatar a perda auditiva do paciente. Mas, há municípios em que o clínico já encaminha o paciente para o setor competente que faz o registro e o direciona ao polo mais próximo. Na gestão da saúde existem realidades diferenciadas entre os municípios”.


Oliveira acrescentou que o Proasa de Natividade está equipado e conta com 10 fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e corpo administrativo para atender pessoas e caravanas encaminhadas pelos municípios conveniados. “Nós estamos no plano orçamentário do Estado, onde apresentamos uma produção. O recurso vem do ministério da Saúde para o município de Natividade, que nos repassa para a manutenção do polo, aquisição de próteses e outros serviços”.


Veja quais os 35 municípios atendidos pelo Proasa de Natividade:



Proasa- divulgação.


Região Norte – Cardoso Moreira, Campos dos Goytacazes, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé e Quissamã. Região Noroeste – Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Lage do Muriaé, Itaocara, Italva, Itaperuna, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. Região Serrana (parte) – Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Sumidouro, Santa Maria Madalena, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Trajano de Moraes, Teresópolis e Nova Friburgo.


* Jornalista Lourdes Acosta.


 
 
 

Comments


bottom of page