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Medida anunciada por Castro vai enquadrar 'brigões' no crime de organização criminosa

Decisão foi tomada durante reunião com MP, PM e clubes. Cinco organizadas estão proibidas de frequentar estádios por tempo indeterminado



Encontro com membros do MP, da PM, da Ferj e dos clubes aconteceu no Palácio da Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul / Foto: Divulgação


Rio - O governador Cláudio Castro definiu durante reunião com representantes do Ministério Público do Rio (MPRJ), da PM e também dos clubes do Rio, no início da tarde desta sexta-feira (10), no Palácio da Guanabara, uma série de medidas para aumentar a segurança nos estádios. A lista de mudanças anunciadas inclui o banimento por tempo indeterminado de cinco torcidas organizadas e o novo enquadramento dos 'brigões'.


A partir de agora, todos os crimes relacionados a esse tipo de confusão dentro e fora do estádio serão tipificados como organização criminosa. "Não serão mais enquadrados como delito de baixo poder ofensivo. É realmente muito mais sério. Há uma vara criada no Tribunal de Justiça de organização criminosa, o que pode provocar uso de tornozeleira ou prisão. É um enquadramento muito mais grave", disse Castro.


O governador também falou sobre a manutenção por tempo indeterminado de punição às cinco principais organizadas dos quatro grandes do Rio. "Seguindo a decisão judicial oriunda de um TAC e que havia sido dado um prazo para que tivesse uma 'rediscussão', agora estão estão proibidas de frequentar todos os estádios indeterminadamente a Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem, Young Flu e Fúria Jovem", disse o governador, que também ordenou o fim da cessão de ingressos dos clubes às organizadas.


A conversa com MP, PM e clubes acontece cinco dias após uma confusão, horas antes do clássico Vasco e Flamengo, terminar com um torcedor do cruzmaltino morto. A briga foi registrada nos arredores do Maracanã, na Zona Norte do Rio.


A repercussão da briga provocou, inclusive, um pedido do MPRJ para que todos os clássicos tivessem torcida única, o que foi rechaçado pelos clubes e também não foi aprovada pelo governo.


Para Castro, a decisão seria admitir o fracasso da Segurança Pública no Rio. "Conseguimos fazer um réveillon com milhões de pessoas, eventos grandiosos, sem problemas. Como não conseguiria garantir a segurança em um jogo de futebol? O planejamento da PM para o Maracanã é um dos melhores, reconhecido internacionalmente", defendeu o governador.

Grupo de trabalho

Durante a reunião, também foi definido pelo governo do Estado a criação de um Grupo de Trabalho interinstitucional que irá debater o combate aos atos violentos nos estádios e no entorno. O grupo de trabalho será responsável pela elaboração de um plano permanente para aprimorar e elaborar novas ações de segurança.

Para o procurador-geral de Justiça do MPRJ, Luciano Mattos, a criação da equipe é importante para que sejam alcançadas soluções para a situação. "Temos debatido constantemente ideias com o objetivo de encontrar posições convergentes que possam apresentar soluções para o problema da violência em razão das partidas de futebol”, destacou Mattos.


O procurador citou também ações já tomadas pelo MP nesse sentido: "O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) reconhece a relevância do tema e, exatamente por isso, nós criamos, em meu primeiro mandato, uma estrutura própria para tratar do tema desportivo, que é o GTT-Desporto/MPRJ. Além disso, estamos realizando um evento nacional, com a presença de representantes de outras unidades dos Ministérios Públicos e de conselheiro do CNMP para discutir o assunto", pontuou.


O grupo de trabalho será responsável pela elaboração de um plano permanente para aprimorar e elaborar novas ações de segurança.

O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, também falou sobre as medidas de prevenção anunciadas: "Agradeço pela sensibilidade do Governo do Estado em atender esse apelo. Cada instituição tem seus limites, mas cada uma pode dar sua contribuição para que as ações sejam cada vez mais efetivas. Hoje, o esporte não é somente um meio de lazer, mas também movimenta a nossa economia", disse o presidente da Ferj.


* https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/


Divulgação:







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