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Legislativo macaense defende iniciativas públicas em prol da capoeira

  • Foto do escritor: Jornal Esporte e Saúde
    Jornal Esporte e Saúde
  • 31 de out.
  • 2 min de leitura
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Encontro aconteceu no plenário da Câmara de Macaé e está disponível no YouTube

(Foto: Ivana Gravina)


Uma prática que integra esporte, dança, cultura e, acima de tudo, inclusão. Na noite desta quarta-feira (29), a Câmara de Macaé realizou audiência pública para discutir iniciativas que promovam a capoeira na cidade. O encontro foi solicitado pelo vereador Cesinha (Cidadania) e teve a presença de autoridades, mestres e praticantes da modalidade. Ao longo de quase quatro horas de debate, foi unânime a defesa de maiores investimentos públicos para atender crianças e adolescentes.


Participaram o vereador Marvel Maillet (PV) e representantes do Executivo, como a secretária de Cultura, Waleska Freire, a secretária de Igualdade Racial, Ingrid Aprígio, o secretário de Esportes, César Maillet, e a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Social, Direitos Humanos, Acessibilidade e Economia Solidária, Nayara de Oliveira.


Para Cesinha, o bom público da audiência reforçou a necessidade de o poder público fortalecer a capoeira. “Temos diversas iniciativas que precisam ser valorizadas em Macaé. Eu e os demais vereadores defendemos a causa e esperamos que o governo municipal tenha o mesmo entendimento. Falamos de resistência, da história do nosso povo, da nossa alma”, disse.


Durante o debate, Marvel citou a lei aprovada na Câmara que estabelece o ensino da capoeira nas escolas. No entanto, ele leu uma resposta da Secretaria de Educação informando não haver planejamento para colocar a iniciativa em prática.


“Posso afirmar que fui salvo pelo esporte. Segui um caminho diferente porque tive pessoas maravilhosas que me conduziram para o lado do bem. Vamos continuar defendendo a inclusão da prática no ensino municipal. O retorno é muito grande para um investimento que cabe no orçamento”, frisou.


Em contrapartida, os secretários de Esporte e Cultura anunciaram medidas que eram aguardadas pelos capoeiristas. “Lançaremos núcleos esportivos, com a contratação de professores e auxiliares, que atuarão com todos os materiais necessários. Com certeza, a capoeira estará inserida no projeto”, disse César.


Já Waleska informou que a pasta irá implementar a Política Municipal da Capoeira, prevista para ser colocada em prática em 2026. “Chamamos de Ginga Macaé, que vai ser analisado pelos novos conselheiros da cultura e também com a participação dos praticantes”.


Em defesa da capoeira


Bastante emocionado, o Mestre Jorge não conteve as lágrimas ao falar das situações que encontra nas comunidades. “Muitas vezes, um mestre de capoeira vira a referência dos jovens que não a encontram dentro dos seus lares. Já vi bastante coisa e já fui referência para quem não tinha apoio. Tudo isso aconteceu por causa da capoeira”. O mesmo sentimento foi compartilhado pela mestra Núbia. “Sou fruto de um projeto social e hoje consigo tirar muitas crianças das ruas. Além de professores, somos amigos e até mesmo psicólogos”.


Líder de iniciativas sociais, o Mestre Lequinho falou sobre as dificuldades de atuar na cidade. “Precisamos de espaços físicos adequados, uniformes e estrutura para as aulas. Estamos perdendo muitos adolescentes por falta desse suporte. Quero registrar nesta audiência que temos muitas dificuldades, mas a força de vontade é muito grande.”


Todo o debate está disponível no YouTube. Para assistir, basta clicar no player abaixo:


* Texto: Júnior Barbosa / Câmara de Macaé.


 
 
 

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