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  • Foto do escritorJornal Esporte e Saúde

Campanha de combate a hanseníase é encerrada em Macaé com palestra



A campanha ‘Janeiro Roxo’ foi encerrada na rede municipal de Saúde com a primeira palestra de sensibilização e conscientização para o combate a Hanseníase. A programação, realizada na tarde desta quinta-feira (26), no Paço Municipal, foi organizada pela equipe do Programa de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Saúde. A capacitação direcionada aos profissionais da Saúde, especialmente os que atuam nas unidades básicas, teve o objetivo de destacar a importância da identificação de sintomas, o atendimento precoce, o acolhimento humanizado e o encaminhamento ao tratamento e cura.


Uma das palestrantes foi a especialista em hanseníase e apoiadora do Programa Estadual de Hanseníase do Norte Fluminense, Dayse Almeida. Ela disse que é muito importante estar em Macaé e tratar deste tema; hanseníase, doença infecciosa e contagiosa, que atinge em sua maior parte pessoas em situação de vulnerabilidade. “A prioridade é que os servidores da Saúde fiquem atentos aos sinais da doença, aos quatro tipos de hanseníase e à avaliação neurológica simples. Este ano, o tema da campanha ‘Janeiro Roxo’ é ‘Não esqueça da hanseníase’. O destaque é combater o estigma e o preconceito através da informação”, salienta.


A abertura da palestra contou com as presenças: do secretário de Saúde, Alexandre Cruz, da secretária Adjunta de Atenção Básica, Natália Antunes, e da gerente da Vigilância em Saúde do município, Elenice Sales. “Em nome do Prefeito Welberth Rezende, cumprimento e agradeço a todos. O apoio do Governo do Estado, através da presença da Dayse, é essencial para o município. Continuaremos priorizando a saúde do município e principalmente a atenção básica, que tem vocês como representantes. Sensibilizações como estas são fundamentais. Continuaremos, em 2023, com diversas ações voltadas para tuberculose e hanseníase”, ressaltou Alexandre.


Satisfeita, a coordenadora do Programa de Dermatologia Sanitária e de Pneumonia Sanitária, Grazielli Valente, lembra que além da mobilização e combate a doença, a finalidade do encontro é romper preconceitos e estigmas, tendo em vista que a hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito. “As pessoas devem estar atentas a manchas no corpo, que não coçam, não ardem e não doem, pois se não diagnosticada, a hanseníase pode evoluir para incapacidade física. O que não deve ser esquecido é que todas as pessoas que convivem ou conviveram com quem recebeu diagnóstico de hanseníase devem ser examinadas nas unidades de saúde. O Brasil e a Índia são os países com mais incidência da doença”, comenta.


A Secretária Adjunta de Educação Básica, Natália Pires Antunes, destacou que “além da conscientização, o foco é o diálogo e a atenção à hanseníase, uma das doenças mais antigas, que precisa de diagnóstico para tratamento”. Já a gerente Elenice Sales reiterou a parabenização à equipe do evento e lembrou dos desafios da saúde básica. “Fico grata com ações como estas ligadas a um público em vulnerabilidade social. O tratamento da hanseníase pode ser longo, mas tem cura e é primordial a identificação”, pontua.


Ao participar da palestra, a médica que atua na unidade de Glicério, Paula Magna Coelho, disse que programações como estas são essenciais para todos, inclusive os que atuam na área de saúde. “A hanseníase é esquecida por muitos. Na minha família, por exemplo, eu perdi um tio, no ano de 2019, com hanseníase. Mais dois outros tios, que tinham contato com ele, estão em tratamento. Este tema é fundamental para informação e capacitação”, conta.

Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase

No último domingo do mês de janeiro é celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, a data foi instituída pela Lei 12.135/2009 . Atualmente, o Programa de Hanseníase conta com 12 pacientes em tratamento e 50 em pós-tratamento. Com uma equipe multidisciplinar formada por médico dermatologista, enfermeiro, técnico de enfermagem e fisioterapeuta, o programa funciona no Centro de Especialidades Médicas Dr. Moacir Santos (Barracão), na rua Marechal Rondon, 390, Miramar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O contato com o setor é através do WhatsApp 2762-5707 (exceto feriados e final de semana) e pelo endereço eletrônico pct.macae@yahoo.com.br. O tratamento para hanseníase é gratuito e tem prazo de seis meses a um ano, dependendo do caso. O usuário que perceba algum tipo de sinal da doença deve procurar a unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) mais perto de casa.

Hanseníase- É uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Apesar de ser uma enfermidade dermatológica, sua transmissão é realizada por gotículas que saem do nariz ou através da saliva. Não há transmissão pelo contato de pele com o paciente.

Um de seus principais sintomas são manchas de cor parda ou avermelhadas, geralmente pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas mais afetadas pela doença, o paciente apresenta normalmente uma perda de sensibilidade térmica na região da mancha, perda de pelos e ausência de transpiração. Além disso, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos. Também podem haver alterações na musculatura esquelética, causando deformidades nos membros. Vale lembrar que a hanseníase não é transmitida através de copos, pratos e talheres. Portanto, não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase, nem assentos, ou se evitar apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transportes coletivos ou serviços de saúde.


¨* Jornalista: Joice Trindade / Foto: Moisés Bruno / Comunicação Macaé


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