top of page

Açaí e garapa: o que fazer para evitar a transmissão da doença de Chagas?

  • Foto do escritor: Jornal Esporte e Saúde
    Jornal Esporte e Saúde
  • 11 de jan.
  • 3 min de leitura

Doença de Chagas pode ser transmitida por meio de caldo de cana contaminado

Imagem: Getty Images/iStockphoto


A Vigilância Epidemiológica da Bahia emitiu um alerta sobre o surto de transmissão oral da doença de Chagas após a confirmação de cinco casos e uma morte no primeiro semestre.


Causada pelo parasita chamado Trypanosoma cruzi, a doença é tradicionalmente conhecida por ser transmitida por meio da picada do inseto barbeiro (na verdade, ao ser picada, a pessoa coça o ferimento, o que favorece a penetração do parasita presente nas fezes do barbeiro infectado).


A transmissibilidade da doença, no entanto, mudou de perfil nos últimos anos.


Quais os cuidados com alimentos?


* A transmissão oral da doença de Chagas se dá pelo consumo de alimentos contaminados. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualmente a maioria dos casos (cerca de 70% deles) é de transmissão por alimentos contaminados. Os principais deles são o açaí e o caldo de cana, a popular garapa.


* O açaí mais consumido no Brasil é o industrializado e o problema não é ele. Esse açaí passa por um aquecimento a 80°C, resfriamento e lavagem, que inativa o protozoário e torna o produto seguro para o consumo. O problema é a ingestão desse alimento quando preparado de forma caseira, por pequenos produtores, que colhem a fruta e vendem o alimento in natura em pequenos estabelecimentos comerciais.


* A garapa também pode ser fonte de contaminação quando é feita de maneira artesanal. O problema ocorre quando o inseto ou suas fezes são moídos junto com a cana-de-açúcar, dando origem à bebida.


- O barbeiro se instala entre o caule e as folhas da cana-de-açúcar e, quando acontece a moagem para a produção da garapa, ele pode ser moído junto, causando a contaminação do alimento e, consequentemente, da pessoa que o consome.


Açaí industrializado não oferece risco de contaminação

Imagem: iStock


* A principal maneira de evitar a transmissão oral da doença é a higienização dos alimentos. Não consumir aqueles sem procedência e em locais onde a limpeza ou maneira de preparo sejam duvidosas.


Não são todos os estados que enfrentam o surto da doença por contaminação alimentar, mas é sempre importante ficar atento aos locais onde vai se alimentar, à limpeza e higienização do produto que será consumido sem o processo de industrialização.


* Vale verificar se o local tem aprovação da Vigilância Sanitária para manipular e vender alimentos. Esse certificado deve ficar exposto e de fácil visualização para o consumidor. Vendedores com barracas nas ruas precisam ter essa aprovação


* A pessoa pode perguntar no estabelecimento, pedir informações sobre isso e sobre a procedência do alimento. No caso do açaí vendido em potes, basta verificar se a marca tem o selo da Vigilância Sanitária. Se tiver, é sinal de que esse alimento foi pasteurizado e pode ser consumido tranquilamente.


* Em locais onde há surto da doença, como na Bahia, ações públicas da Vigilância Sanitária e outros órgãos fiscalizadores ajudam a controlar a proliferação da doença.


* A prevenção da transmissão oral é feita com ações de intensificação da Vigilância Sanitária e inspeção de alimentos em todas as etapas de produção que são suscetíveis à contaminação.


Barbeiro, transmissor do protozoário causador da doença

Imagem: iStock


A doença


A doença de Chagas tem duas fases: a aguda, também conhecida como silenciosa, e a crônica. O diagnóstico é feito por exame de sangue.


Na fase aguda, não há sintomas e a pessoa pode passar anos sem saber que possui a doença. Já na fase crônica, há complicações cardíacas com arritmias e aumento do volume do coração. Outros sintomas são:


* Febre prolongada (mais de 7 dias);

* Desmaios

* Fraqueza

* Dor no peito

* Falta de ar

* Tosse.

* Inchaço nas pernas ou no rosto

Dores abdominais

* Dores de cabeça;

* Crescimento do baço e do fígado;

* Manchas vermelhas na pele;

* Inflamação das meninges.


* https://www.uol.com.br/vivabem/Simone Machado /Colaboração para VivaBem, em São José do Rio Preto (SP).


Divulgação:


Contato / Luciana Taliati / 22 99824-9701.


Macaé / RJ


Endereço: Rua do Sacramento - Imbetiba, Macaé - RJ

 
 
 

Comments


bottom of page